Os cientistas céticos, apesar de toda a proeza e grandiosidade de seu trabalho na busca da origem das coisas, cometem
um grande pecado. Um pecado já descrito na história da mitologia grega, cometido por Aracne, uma jovem tecelã que vivia na
Lídia.
Aracne ganhou fama de ser a melhor na arte de fiar e tecer a lã. Mas eram os deuses, com sua generosidade, que concediam
às criaturas seus talentos e habilidades.
O ser humano, com sua capacidade de se esquecer das coisas, às vezes comete a tolice de gabar-se de seus próprios
feitos.
Aracne cometeu o mesmo pecado, e por sua vaidade passou a vangloriar-se de seus feitos, esquecendo-se de que na realidade,
a sua habilidade era disponibilizada por Atena, a deusa da sabedoria.
Aracne foi tão vaidosa que desafiou a própria deusa para uma disputa.
A jovem tecelã foi tão perfeita durante a disputa que a deusa não encontrando uma falha sequer, ficou irritada e rasgou
a obra de Aracne e a feriu. A moça ficou tão triste que tentou o suicídio enforcando-se, mas a deusa apiedou-se da mesma e
salvou-a transformando a corda que Aracne usava em uma teia, mas por seu pecado foi transformada em uma aranha, e assim a
beleza de sua arte não deixaria de ser realizada eternamente.
Uma lenda africana também conta um caso interessante. Que no mundo antigo não havia histórias. E por isso viver aqui
era muito triste.
Um homem chamado Ananse, conhecido por saber fazer belas teias, descobriu que no céu o deus todo poderoso do universo
guardava uma caixinha cheia de histórias.
Teceu uma teia até o céu e subiu por ela, pedindo a caixinha para que pudesse contar as histórias para a humanidade.
O deus fez um desafio a Ananse para que pudesse lhe dar a caixa.
Desafio cumprido, ananse trouxe a caixinha para a terra, através de suas teias, mas ao chegar à terra, ao abrir a caixa,
as histórias fugiram e se espalharam pelo mundo.
Assim como na lenda africana e na mitologia grega, outras histórias de aranhas são conhecidas, como no Oeste hindu, onde
era conhecida como heroína e em outros diversos mitos, onde aparece como criadora do mundo. em uma delas inclusive, uma aranha
teceu uma teia para esconder Jesus de seus inimigos.
Resposta ao enigma:
William Shakespeare tentou dizer ao mundo a resposta sobre este assunto, com sua célebre frase: "Há mais mistérios entre
o céu e a terra que imagina a vã Filosofia".
Para exemplificar mais humanamente a frase do grande poeta, vamos citar uma novidade na área da ciência, as células-tronco.
As células-tronco são células indiferenciadas, mas que produzem células-filhas diferenciadas, produzindo formas diferentes
de si própria, sem que a ciência saiba o por quê.
O segredo destas células é que elas conhecem a sua própria origem e a origem do mundo. Assim funcionam como as cordas
de uma teia, e deixam-se tecer por aranhas tão microscópicas que os cientistas, mesmo com os melhores aparelhos não podem
ver.
Estas microscópicas aranhas são descendentes de Aracne, que tece a teia da vida, através do conhecimento transmitido
a elas pela deusa Atena, a deusa da sabedoria.
A única relação já descoberta pelos cientistas desta relação mitologia-ciência, é que as células tronco, ao receberem
cuidados de elementos externos a sí próprias, transformam-se em diferentes tecidos.
Para chegar mais perto deste conhecimento, imagine uma pequena aranha, tecendo todos as coisas do universo, dando-lhes
diversas formas possíveis, as mais belas que a natureza pode criar, inclusive os caminhos que levarão você ao seu destino.
Esta é a verdadeira Filosofia.
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