Postado em 17/01/2004.
A solidão pode ser considerada pelos seres humanos como um estado de extrema tristeza. E por isso, para entender melhor
o assunto, o ideal é começarmos por ler a nossa página O Segredo da Felicidade .
O estado da solidão começa desde os primeiros tempos, ainda com o primeiro homem, juntamente com a primeira mulher, justamente
por saberem sobre a sua verdadeira existência.
No início dos tempos, quando Deus criou o homem e a mulher, deixou-os no paraíso, onde poderiam comer de todos os frutos,
menos do fruto da árvore localizada no meio do jardim. Caso comessem deste fruto, obteriam o conhecimento do Bem e do Mal,
assim como o próprio deus que os criou, e por isso certamente morreriam.
A mulher no entanto, ao escutar uma serpente provocativa, decidiu provar do fruto desta árvore, cumprindo o desejo da
serpente e ao mesmo tempo deu também ao homem, desobedecendo as ordens divinas.
Logo após comerem do fruto proibido seus olhos se abriram e viram que estavam nus. Ficaram pela primeira vez com
vergonha. Coseram folhas de figueira e fizeram para si aventais.
Deus ao descobrir o pecado cometido pelos dois, ditou vários castigos que os dois deveriam sofrer para sempre, e os expulsou
do jardim, paraíso onde viviam, colocando querubins proibindo a volta do homem e a mulher ao local de origem.
Resposta ao enigma:
O simples fato de entendermos, através de outras páginas já descritas neste site, como A Origem do Pensamento , nos leva a entender que o paraíso existe, e que é o próprio mundo das idéias, conhecido de Platão, o filósofo, de
onde Deus planeja as suas criações, e onde o próprio homem foi idealizado.
O texto descrito acima demonstra o momento em que o homem, ao comer do fruto proibido, nada mais fez que sair do mundo
das idéias e surgir no mundo material, tomando assim a primeira noção de conhecimento, o que somente Deus podia fazer.
Fora do mundo das idéias, o homem fica intretido com todas as coisas que o cercam no mundo material, muitas vezes tentando
participar com elas em seus movimentos, formando sociedades, muitas vezes cheias de regras que não o satisfazem, pois não
pode ser livre como era no paraíso.
Ao ver que estas regras são rígidas demais, acaba muitas vezes desconfiando que não está incluído no contexto exigido.
Fica num canto observando, tentando em vão um melhor momento para obter a aprovação de alguém para que possa se
envolver no mundo social.
Quando está neste cantinho, o homem atual sente-se como seu primeiro ancestral, proibido de entrar no mundo maravilhoso
das idéias, pois está no mundo material, e proibido de participar do mundo atual, por força das regras absurdas.
A solidão humana se dá exatamente neste momento, eportanto podemos dizer que a mesma se dá quando temos um momento de
extrema verificação da verdade, o mesmo que o primeiro homem teve quando comeu do fruto da árvore do conhecimento.
A maioria dos homens e mulheres, ao chegar neste instante, permanecem apenas esperando uma oportunidade de se agrupar
aos outros. Alguns poucos no entanto ao tomar conhecimento da verdade, de como gira o mundo material, passam a trabalhá-lo
em seu próprio benefício, sem depender dos outros seres perdidos na distração mundana.
Estes poucos seres humanos que usam o poder do conhecimento, nas horas de solidão e da verdade, para usufruir em
seu próprio benefício e da humanidade, são os filósofos, os artistas e todos os outros humanos que têm o dom natural
de mudar o universo em que vivemos.
|