Postada em 06/12/2004:
Vamos começar por um pequeno trecho bíblico:
"Jesus estava em Jerusalém durante a festa da Páscoa. Vendo os sinais que ele fazia, muitos acreditaram no seu nome.
Mas Jesus não confiava neles, pois conhecia a todos. Ele não precisava de informações a respeito de ninguém, porque conhecia
o homem por dentro" (Jo 2,23-25).
Cristo passou trinta anos de sua vida apenas estudando, adquirindo conhecimentos que lhe levaram a seguinte conclusão:
"devemos acumular tesouros nos céus, por que lá ninguém, nem ladrão rouba, nem a traça corroi".
Vejamos também um pouco da Filosofia Budista: "O homem é extremamente egoísta, esquece a riquesa espiritual e se liga
totalmente aos bens materiais. É tão egoista que até na hora da morte, pede para não morrer".
E o que diz a Filosofia Seicho-No-Ie: "Devemos, através do conhecimento espiritual manter a mente rica, quando temos
a mente rica em bens espirituais, as riquesas materiais se juntam em torno dela".
Na época em que Cristo surgiu, o mundo passava por uma grande e equivocada evolução política, nada diferente
do que está contecendo agora no ano de 2004. O homem se ligava totalmente aos bens materiais, e quanto mais poder tinha sobre
eles, mais sua alma se dividia entre seus bens, tornando-a enfraquecida, pobre em conhecimento da sua própria origem, fazendo
com que ele perdesse o caminho de volta para casa.
Vendo a mundo político atual, sabemos que o dinheiro dos que trabalham, e que clamam por um mundo social melhor, não
retorna em forma de hospitais e bom atendimento médico, fazendo com que milhões de pessoas morram anualmente assassinadas
por quem tem o poder e a cobiça. Não retorna em forma de escola e conhecimento para que o poder da sabedoria nos cidadãos não
enxergue a bandidagem, atrás dos muros do poder.
O que Cristo sabia e que a maioria dos seres humanos não, é que quanto mais bens materiais adquiridos por cobiça e não
por necessidade, mais a alma se divide, e quanto mais a alma se divide, ao voltar a sua origem, volta diluída, e ao retornar
a Terra, em seu ciclo constante e eterno, não voltará com a mesma forma completa de um ser humano, será dividida e distribuída
em pequenos seres.
Cristo na realidade não escolheu os mais pobres, mais os mais ricos em bens espirituais, pessoas com as suas almas completas, livres
dos grilhões dos bens materiais, onde a riqueza está na alma, onde o conhecimento mais fácil se concentra e se reproduz,
por isso seus dizeres se espalham até hoje, através de pessoas felizes e que oram por esta felicidade. E continuarão
eternamente a se desenvolver, para o bem da humanidade, em sua volta para sua casa de origem, a casa do Pai.
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